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Magistrada do TJRJ exalta iniciativas do Judiciário para consumo consciente de recursos hídricos
Notícia publicada por Assessoria de Imprensa em 16/03/2022 17:51

Em palestra realizada nesta quarta-feira (16/3), a juíza Admara Falante Scheneider exaltou as mudanças estruturais aplicadas pelo Poder Judiciário do Estado do Rio de Janeiro em relação à sustentabilidade. A magistrada participou do evento "Dia Mundial da Água - A sustentabilidade dos recursos hídricos", em comemoração ao Dia Mundial da Água, no dia 22 de março. 

De acordo com a juíza, o Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ) tem o dever de zelar pela preservação e uso consciente dos recursos naturais e tem se tornado, nos últimos anos, especialmente cuidadoso em relação à conscientização sobre o uso responsável dos recursos naturais. Ela destacou que, durante a pandemia, houve uma redução nos gastos com energia nas unidades do Judiciário fluminense, tendência que deve permanecer. 

"Instalações como o teto verde não são só para embelezar os prédios. Servem para captar água de chuva que será utilizada na refrigeração de computadores e ar-condicionados, e também para descargas", explicou. 

Desde 2015, o TJRJ coloca em prática o Plano de Logística Sustentável, com a adoção de práticas de preservação e economia de elementos naturais no Poder Judiciário. No ano passado o Poder Judiciário reduziu em 9% o consumo de água, 4% a mais do que havia sido previsto para 2021. 

Ao recordar que a maior parte de água do mundo é salgada, imprópria para consumo, a juíza Admara Falante defendeu que entidades públicas, privadas e a sociedade civil se unam para preservar as reservas de água potável, cada vez mais afetadas pelo aquecimento global. Ela citou a contaminação das águas no Rio pela geosmina, há dois anos, e a recente tragédia em Petrópolis como problemas hídricos e de ocupação de terrenos que precisam ser evitados. 

"Nós enfrentamos dificuldades em enfrentar o degelo, evitar o desperdício. É necessário saber cuidar e preservar os recursos naturais, principalmente d'água que é um bem imprescindível para a vida na Terra", disse. 

A subsecretária estadual de recursos hídricos e sustentabilidade do Rio, Ana Larrona Asti afirmou que é preciso ter a conferência Rio-92 como referência para aprimorar e avançar no debate do manejo de recursos naturais de forma sustentável. 

"O Rio precisa assumir essa posição de protagonista no debate, pelo potencial que tem na área ambiental agrega muito para o estado e para o tema da sustentabilidade, desde práticas pequenas de reciclagem e compostagem, até incentivando práticas coletivas e de entes públicos e privados", declarou. 

Ana destacou os trabalhos de despoluição de grandes reservas hídricas, como a Baía de Guanabara e do Rio Guandu, e saneamento básico como iniciativas primordiais para alcançar o objetivo final: universalizar o acesso à água. Em fevereiro foi criado o Programa Estadual de Segurança Hídrica, com calendário de ações até 2043.

"A questão não só hídrica, mas de saúde, já que cada vez mais a gente sente e sofre com os eventos extremos por causa do desequilíbrio e da destruição de recursos naturais. Sustentabilidade e políticas na área natural precisam ser feitas com planejamento de longo prazo, priorizando o uso humano dos recursos naturais para atingirmos o conceito de Cidade Azul, sustentável", afirmou. 

JGP/MB