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Caso Jeff Machado: durante interrogatório, Jeander reafirma que foi Bruno quem matou o ator
Notícia publicada por Assessoria de Imprensa em 26/01/2024 22:13

Acusado de participação na morte do ator Jefferson Machado, ocorrida no dia 23 de janeiro de 2023, Jeander Vinicius da Silva Braga confirmou o depoimento prestado em inquérito policial e acusou Bruno de Souza Rodrigues de ter cometido o homicídio. Ao ser interrogado nesta sexta-feira (26/1), durante Audiência de Instrução e Julgamento, Jeander disse que sua atuação no crime se limitou a levar o corpo da casa do ator, junto com Bruno, dentro de um baú, até a casa, em Campo Grande, na Zona Oeste do Rio, onde ele foi enterrado. Na audiência, no momento de ser interrogado, Bruno exerceu o direito de permanecer em silêncio.
 
Durante o interrogatório, Jeander afirmou que havia sido chamado por Bruno para gravar um vídeo na casa de Jefferson, onde manteriam relações sexuais. Jeander afirmou que foi tomar banho e quando saiu, se deparou com o corpo do ator caído no chão, amarrado e com um fio passado no pescoço. Disse ainda, que, ao perguntar ao Bruno o que tinha acontecido, este falou que era para seguir as instruções dele, caso contrário, iria dizer que ele, Jeanderson, é quem tinha matado o Jefferson.
 
Antes do interrogatório dos dois réus, o juízo da 1ª Vara Criminal do Rio ouviu as últimas cinco testemunhas do processo. O corpo do ator só foi encontrado em maio, dentro de um baú concretado no quintal de uma casa em Campo Grande. Bruno de Souza Rodrigues e Jeander Vinicius da Silva Braga são acusados do homicídio qualificado e ocultação de cadáver. 
 
A primeira testemunha ouvida foi Emanuelle Maciel Pinto, vizinha do imóvel onde foi encontrado o corpo de Jeff. A mulher confirmou que encontrou Bruno algumas vezes no local acompanhando uma obra que estava sendo feita na residência e que ele teria dito que moraria lá após a reforma. Emanuelle informou, ainda, que nunca viu a vítima no local.
 
Bruno Armstrong Brum foi a segunda testemunha a depor. Amigo há mais de 10 anos do acusado Bruno de Souza, Armstrong também foi morador da residência onde o corpo de Jeff foi encontrado. Ele foi o responsável por repassar o contato da locatária do imóvel para Bruno. Segundo a testemunha, Bruno disse que queria alugar a casa para um amigo chamado Jefferson. A proprietária do imóvel, Rosane Sousa da Silva, foi ouvida em seguida.  
 
André Rosa, policial civil da Delegacia de Descoberta de Paradeiros (DDPA), foi a quarta testemunha. Ele foi responsável pela investigação que realizou o cruzamento de informações entre as operadoras de telefone móvel, o aplicativo whatsapp e o Google. O policial afirmou que três telefones apareceram nos arredores da casa onde o corpo de Jefferson foi encontrado: de Jerffeson, Bruno e Jeander.  
 
A quinta e última testemunha do dia, arrolada pela defesa de Jeander, Rodrigo Peterson Caio Borges, apenas confirmou que Jeander tinha comentado com ele que estava cavando uma cisterna, mas que só soube depois, pela imprensa, que era na casa onde Jefferson foi enterrado.
 
Processo nº 0063851-05.2023.8.19.0001

IA/JM