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Inventário de nove anos chega ao fim com atuação da mediação
Notícia publicada por Assessoria de Imprensa em 27/07/2023 17:42

Da esquerda para direita:  a mediadora Valéria Machado, Sueli Felippe, Ronaldo Saager, e os advogados Katia Felippe,  Andrea Caldas e Cesar Corato

 

Um abraço que demorou longos nove anos para acontecer. Na tarde desta quinta-feira (27/7), a paz voltou a reinar na família Cavazan com a ajuda da mediação processual, um método alternativo para solução de conflitos. Chegou ao fim, após quase uma década na Justiça, o processo de partilha de bens da herança de seu Valter Cavazan, marido da dona Sueli Felippe e pai de Ronaldo Saager. O acordo entre as partes foi firmado no Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania (Cejusc) da Capital.  

Satisfeitos, ao fim da sessão de mediação, madrasta e enteado se abraçaram. A aposentada Sueli Felippe, que foi casada com Valter por 19 anos, explicou que, mesmo com eventuais conflitos decorrentes do desgaste de anos de processo na Justiça, o carinho e o respeito entre os familiares nunca deixaram de existir. 

“Nos falamos por telefone e sempre soube que ele estaria ali por mim, para o que eu precisasse. Considero Ronaldo como um filho. Éramos muito unidos. Agora seremos mais ainda, após o fim dessa questão”, declarou. 

Cesar Corato, advogado de Ronaldo Saager, disse que a mediação possibilita que as próprias partes do processo cheguem a uma resolução do conflito.  

“Eles se sentem mais satisfeitos, porque ambos estabeleceram o acordo. Pode até ser que um ceda mais que o outro; mas isso se dá por decisão própria. Se fosse pelo modelo tradicional, a decisão seria do juiz, e talvez esse abraço, que esperou nove anos, não acontecesse mais”, acredita.  

A mediadora que atuou no caso, Valéria de Souza Machado, e que tem experiência de mais de sete anos na função, concorda com o advogado. Ela destaca a importância da mediação e da conciliação no âmbito do Poder Judiciário.  

“A mediação não é fechada ou restrita a determinados processos. Vários tipos de assuntos podem ser resolvidos por ela. Se as partes querem e os advogados são colaborativos, os acordos têm grandes chances de acontecer”, finaliza.   

 

MG/MB

Foto: Felipe Cavalcanti/ TJRJ