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Da imaginação à criação: crianças aprendem a confeccionar minilivros em oficina no Museu da Justiça
Notícia publicada por Assessoria de Imprensa em 17/11/2023 19:44

 

Era uma vez um menino. O nome dele era Bernardo. Bernardo imaginou uma casa escura e mal-assombrada, com grandes árvores ao redor e uma revoada de corvos que a sobrevoavam. Com algumas linhas retas no papel, ele pôs a casa de pé, puxou mais algumas listras no entorno e fez árvores esqueléticas rodearem o imóvel, um grande círculo virou lua cheia e diversos “V” se transformaram em corvos prontos para atacar.

Bernardo, de nove anos, foi um dos 16 alunos do 4º ano do Ginásio Experimental Tecnológico Darcy Vargas que participaram da oficina de confecção de minilivros promovida no Educativo do Museu da Justiça na manhã desta sexta-feira (17/11). O projeto, realizado em parceria com a Secretaria Municipal de Educação, levou as crianças, pela primeira vez, ao Museu, com a coordenadora Gabrielly Quintanilha e a professora Roseline Alves e teve o objetivo de estimular a imaginação, a criatividade e o sonho nas crianças.

No livro intitulado “A Casa do Terror”, o menino conta a história de uma família que se mudou recentemente para uma nova casa no interior. Após os pais viajarem, os irmãos ficam sozinhos em casa e coisas estranhas começam a acontecer. “Quando a história estiver no finalzinho é que o palhaço assombrado vai aparecer, mas os irmãos Maria e Eduardo vão conseguir fugir dele e se afastar da casa assombrada”, narrou.

Para a professora de educação artística Isadora Alves, que conduziu a atividade ao lado da colega Lívia Prado, ações como essa são importantes para estimular a criança no mundo da leitura e do conhecimento. “A leitura é uma porta de acesso a novos mundos e democratizar isso faz parte do propósito do Museu da Justiça, que é promover o acesso à cultura e à arte. É a arte que dá essa possibilidade de contarem suas próprias histórias e expandir seus horizontes”, pontuou.

Entre variados contos que iam de um romance escolar até casas mal-assombradas, um escrito por Alice, de nove anos, chama a atenção. “O nome do meu livro é ‘O amor terminado pela avó”, disse a menina. O livro é dedicado à memória da avó de Alice, Maria do Socorro, e nele descreve as aventuras e os sentimentos que tem por ela. “Minha avó morreu. Então essa história é dela”, escreveu a pequena na primeira página.

Enquanto as crianças se dedicavam a escrever e ilustrar as histórias, cantigas infantis preenchiam a sala e, ao final da atividade, elas receberam livros doados pela Biblioteca Mundo da Lua.

KB/MB

Foto: Kecila Barcelos/TJRJ