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Dia Internacional da Mulher: Tribunal homenageia magistradas, servidoras e visitantes com flores
Notícia publicada por Assessoria de Imprensa em 08/03/2022 17:59

Magistradas, servidoras e visitantes femininas que passaram pelos prédios do complexo do Poder Judiciário no Centro do Rio na manhã desta terça-feira (8/3) foram recebidas com uma homenagem especial pelo Dia Internacional da Mulher:  ao entrar nas unidades elas ganharam uma flor.

Mesmo por trás de máscara facial, o sorriso da recepcionista do TJRJ Ingrid Paulino, de 25 anos, evidenciava a satisfação de começar o dia com o gesto de carinho. 

Ela agradeceu o gesto, mas lembrou que assim como o Poder Judiciário tem papel importante no combate à violência de gênero e na garantia dos direitos das mulheres, a orientação tem que começar dentro de casa e independe da classe social. Casada e mãe de dois meninos, a moradora de Benfica, na Zona Norte do Rio, disse que os ensina a valorizarem as mulheres.

“Quero que meus filhos valorizem suas esposas quando se casarem e não sejam machistas. A discriminação existe até hoje, desde questões simples até o momento de encontrar trabalho e na diferença salarial”, destacou.

                                                                                            Servidora Katia Britto é presenteada com uma flor no Dia Internacional da Mulher 

A servidora Katia Britto de Athayde, analista judiciária da Comissária da Vara da Infância, Juventude e do Idoso, foi outra a receber uma flor. Para ela, o reconhecimento da mulher, em seus diferentes papéis, precisa de ampliação.

“Eu procuro demonstrar igualdade de trabalho. Acho que a discriminação diminuiu, mas ainda é preciso avançar mais. É necessário respeito”, defendeu.

 

                                                                                      Juíza Tula Corrêa também é presenteada com uma flor no dia 8 de março 

 

A juíza Tula Corrêa de Mello, titular da 20ª Vara Criminal em exercício no I Tribunal do Júri e membro da Comitê de Promoção da Igualdade de Gênero, de Apoio às Magistradas e Servidoras e de Prevenção e Enfrentamento do Assédio e da Discriminação, considera que não existe mulher livre de machismo. 

“As mulheres precisam usar todas as oportunidades para quebrar esse machismo naturalizado, banalizado e invisível. Eu abraço essa causa sempre, pois no júri - feminicídio - é onde deságua essa diferença de gênero, às vezes imperceptível. Mesmo para as mulheres magistradas existe a desigualdade, por exemplo: aquelas que almejam cargos de poder em Brasília, serão questionadas. Quem vai ficar com os seus filhos? Esse questionamento com homens não ocorre”, diz a magistrada.

SV/FS

Fotos: Brunno Dantas