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Museu da Justiça do Rio de Janeiro inaugura retrato do desembargador Antônio Izaías da Costa Abreu
Notícia publicada por Assessoria de Imprensa em 30/11/2022 10:04

Da esquerda para direita: desembargador Marcus Antônio de Souza Faver; Elizabeth Almeida Abreu, filha do homenageado; desembargador José Carlos Maldonado de Carvalho; e desembargador Ricardo Rodrigues Cardoso                               Da esquerda para direita: desembargador Marcus Antônio de Souza Faver; Elizabeth Almeida Abreu, filha do homenageado; desembargador José Carlos Maldonado de Carvalho; e desembargador Ricardo Rodrigues Cardoso

 

Magistrados, familiares e amigos do desembargador Antônio Izaías da Costa Abreu participaram, nesta terça-feira (29/11), no Museu da Justiça do Rio de Janeiro, da cerimônia de inauguração do retrato do desembargador na Galeria da Comissão de Preservação da Memória Judiciária. Antônio Izaías, que faleceu em janeiro passado, aos 89 anos, após atuar por décadas como magistrado no Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ), se aposentou, a pedido, em 2002, quando então dedicou-se voluntariamente ao Museu da Justiça, onde permaneceu como membro da Comissão de Preservação da Memória Judiciária (Comemo), até a sua morte.

Participaram da homenagem, o desembargador José Carlos Maldonado de Carvalho, 1º vice-presidente do TJRJ, representando o desembargador Henrique Carlos de Andrade Figueira, presidente do TJRJ; o desembargador Marcus Antonio de Souza Faver, presidente do TJRJ no biênio 2001/2002 e presidente em exercício da Comissão de Preservação da Memória Judiciária; desembargador Miguel Pachá, presidente do TJRJ no biênio 2003/2004; desembargador Ricardo Rodrigues Cardoso, corregedor-geral da Justiça do Estado do Rio de Janeiro; professor Arno Wehling, membro da Academia Brasileira de Letras; e Elizabeth Almeida Abreu, filha do desembargador homenageado.

Também compuseram o dispositivo de honra da cerimônia,  o desembargador Peterson Barroso Simão, presidente do Instituto dos Magistrados do Brasil; os desembargadores Carlos Santos Oliveira e Andréa Pachá; os membros da Comissão de Preservação da Memória Judiciária, desembargadores Ronald dos Santos Valladares e Orlando de Almeida Secco e o juiz Joel Pereira dos Santos; e a presidente da Associação dos Magistrados do Estado do Rio de Janeiro (Amaerj), juíza Eunice Bitencourt Haddad.

Antônio Izaías da Costa Abreu dedicava-se à coordenação do livro “Tribunais do Rio de Janeiro – 270 anos, da Relação 1752 ao Tribunal de Justiça 2022”, obra realizada pelo Museu da Justiça – Centro Cultural do Poder Judiciário e de iniciativa do presidente do TJRJ, desembargador Henrique Carlos de Andrade Figueira. Um dos principais colaboradores da obra, o professor Arno Wehling resumiu na palavra, admiração, a imagem que guarda do desembargador Antônio Izaías.

“Admiração! Pelo importante trabalho realizado à frente do Museu da Justiça e por sua contínua preocupação em preservar e divulgar a documentação histórica da Justiça fluminense e brasileira; por sua contribuição à historiografia. O intelectual Antônio Izaías era um investigador sério e pertinaz. Doçura, misericórdia e amor são expressões que traduzem, cabalmente, a maneira que tinha de ver e viver o mundo. Assim, é do intelectual, mas sobretudo, do amigo prestante, sempre disposto a compartilhar que guardo a melhor lembrança”.

O desembargador Marcus Faver, em seu discurso em homenagem ao amigo desembargador Izaías, recorreu aos escritos de Lúcio Aneu Sêneca, filósofo estoico e um dos mais célebres intelectuais do Império Romano.

“O que é a amizade? Eu não vou falar. Vou dar a palavra a Sêneca, que dizia: ‘Ele agradava seguir a força dos preceitos e entrar na vida pública. Agradava a ele procurar as honras e as fasces, não seduzido pelas púrpuras, mas a fim de ser encontrado no mais preparado e mais útil frente a amigos e parentes e a todos os que adorava.’ Agradava ao nosso querido Izaías ir ao Fórum, obsequiar com a sua palavra e com o seu trabalho e servir com a intenção de ser útil. Escrevia no estilo simples e sem afetação, sempre em estado plácido e sem se exaltar. Isso era a tranquilidade da alma de Izaías. Não havia nada que o agradasse mais e que a agradasse a sua alma do que uma amizade fiel e doce como a que ora estamos apresentando. Essas palavras não são minhas, são de Sêneca".

O desembargador Miguel Pachá elogiou a iniciativa da homenagem ao desembargador Izaías ocorrer no Museu da Justiça.

“No quintal das minhas amizades, a flor, talvez a mais bela, era a de Antônio Izaías da Costa Abreu, que Deus resolveu colher. Talvez, para tornar o jardim celeste mais bonito. O Izaías era um amigo sincero a quem eu devo o meu ingresso na magistratura. É um irmão que a vida me deu. O lugar mais perfeito para se colocar o retrato do Izaías é exatamente neste Museu”.

A filha do desembargador Izaías, Elizabeth Almeida Abreu, agradeceu a homenagem em nome da família.

“Agradeço à Comemo pela homenagem ao meu pai. Também agradeço a presença de todos que pararam suas atividades e vieram até aqui para honrar a sua memória. Hoje é a coroação do sonho de Antônio Izaías que sempre desejou ser lembrado pelos seus projetos intelectuais. Tenho certeza de que, onde ele estiver, ele está muito feliz com essa homenagem.”

O presidente do IMB, desembargador Peterson Simão revelou que sua admiração pelo homenageado cresceu ainda mais, após a aposentadoria do desembargador Izaías.

“Eu sempre admirei a trajetória do desembargador Antônio Izaías. E passei a admirá-lo, mais ainda, depois que ele se aposentou. Porque ele vinha nesse Museu quase que diariamente. E se preocupava com a história do Judiciário, dos desembargadores. Por tudo isso passei a admirá-lo ainda mais. O desembargador Antônio Izaías procurou resgatar e guardar essa memória que é tão importante para todos nós”.

O desembargador José Carlos Maldonado de Carvalho destacou o legado que o desembargador Izaías deixou para aqueles que quiserem conhecer a história do Judiciário fluminense.

“Me dirijo à filha do desembargador Antônio Izaías, assim como a todos os presentes, para dizer que todos devem ter a certeza de que ele também está presente com todo o seu trabalho construído aqui. E sua memória estará presente neste Museu para todos os novos magistrados que procurarem um pouco da história do Judiciário fluminense, vão encontrar um manancial inesgotável de conhecimento. Essa cerimônia é uma oportunidade ímpar de agraciarmos uma pessoa tão importante quanto o desembargador Izaías.”

             Da esquerda para direita: desembargador Marcus Antônio de Souza Faver; Elizabeth Almeida Abreu, filha do homenageado; desembargador Miguel Pachá; 1º vice-presidente do TJRJ, desembargador José Carlos Maldonado,  presidente da Amaerj, juíza Eunice Bitencourt Haddad; corregedor-geral da Justiça do TJRJ, desembargador Ricardo Rodrigues Cardozo; e juiz Joel Pereira dos Santos.             Da esquerda para direita: desembargador Marcus Antônio de Souza Faver; Elizabeth Almeida Abreu, filha do homenageado; desembargador Miguel Pachá; 1º vice-presidente do TJRJ, desembargador José Carlos Maldonado,  presidente da Amaerj, juíza Eunice Bitencourt Haddad; corregedor-geral da Justiça do TJRJ, desembargador Ricardo Rodrigues Cardozo; e juiz Joel Pereira dos Santos.

 

JM/FS

Fotos: Felipe Cavalcanti/TJRJ