O evento Estágio e Supervisão de estágio em Serviço Social no TJRJ teve por objetivo sensibilizar os Assistentes Sociais para esta prática de relevância social, com a participação na formação de novos profissionais, bem como de interlocução do campo de atuação profissional com novas gerações e com as unidades de formação profissional, o que em regra, areja as reflexões e aprofundamento das discussões nas equipes sobre as demandas e a realidade social.

O encontro virtual foi coordenado pela assistente social Betania Nunes de Carvalho, do Serviço de Apoio aos Assistentes Sociais do TJRJ (SEASO), que apresentou a situação de estágio antes e durante a pandemia, demonstrando os impactos desse atual cenário na acentuada redução de estagiários de serviço social. E contou com a participação de professores da UERJ e UNIGRANRIO e assistente social e estagiária, ambas do TJRJ. 

A professora Simone Lessa, doutora em serviço social pela UFRJ, supervisora acadêmica e de campo de estágio, ressaltou a centralidade do estágio na formação profissional e sobre o ensino remoto emergencial, e destacou a necessidade de problematizarmos esse cenário atual. Apresentou indagações sobre "qual o perfil do estagiário, que direitos possuem, se tem bolsa auxílio, e se tem sido assegurada a segurança dos alunos quanto à disponibilidade de Equipamentos de Proteção individual". Apresentou ainda o posicionamento e normativas da Associação Brasileira de Ensino e Pesquisa em Serviço Social (ABEPSS) e do conjunto do Conselho Federal de Serviço Social (CFESS) e Conselhos Regionais de Serviço Social (CRESS's) a respeito do estágio em Serviço Social durante a pandemia COVID-19, bem como sobre as Notas Técnicas do Ministério Público do Trabalho acerca do trabalho remoto ou em homeoffice (Notas 11 e 17/2020).  

Já o professor Diego Rivas, da Unigranrio, apontou que esse é um momento atípico, sendo necessário a realização de pesquisas sobre a prática profissional e a supervisão de estágio diante desse cenário adverso de pandemia, ressaltando as peculiaridades dos estagiários oriundos de unidades de ensino privadas, muitos deles estudantes trabalhadores, vivenciando os impactos da pandemia tanto na vida laborativa quanto nas adversidades para permanência nas atividades escolares e estágios de forma remota ou híbrida.

A seguir a estagiária em Serviço Social Gabrielli Castellucio ressaltou as problemáticas para a realização do estágio remoto na qual parcela significativa de alunos não consegue ter acesso ao estágio remoto por não ter acesso à tecnologia, ou com pacote de dados ou com acesso ao computador compatível com as exigências desta realidade. 

Por fim, a assistente social Joyce da Silva Ferreira ponderou que nesse contexto de pandemia houve uma maior aproximação da academia com o campo de estágio, favorecendo ao debate sobre estágio supervisionado. Apontou ainda sobre o processo de troca de conhecimento e constante troca de aprendizado entre estagiário/a e supervisor/a, bem como a importância do entendimento da supervisão de estágio como um dos processos de trabalho do profissional.

O TJRJ conta com 40 vagas de estágio remunerado em Serviço Social e convênios com universidades públicas e privadas para estágio não remunerado, estando alguns em fase de renovação.

Interessados em realizar indicação de estagiários podem entrar em contato com o SEASO para maiores esclarecimentos ou por e-mail ou pelo whatsapp business (21) 3133-1898.