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Culto ecumênico pelo Dia da Justiça reúne magistrados e servidores do TJRJ
Notícia publicada por Assessoria de Imprensa em 07/12/2018 15:41

Paz, respeito, amor, diálogo e compreensão. Essa é a receita para a conquista de uma sociedade melhor na qual  religiões diferentes coexistem cultuando um mesmo Deus. Essa foi a mensagem passada hoje de manhã  por representantes das religiões espírita, judaica, católica e evangélica no Culto Ecumênico promovido para celebrar o Dia da Justiça, comemorado em 8 de dezembro. A cerimônia aconteceu no Foyer do 10º andar do Tribunal de Justiça com a presença do Presidente do TJRJ, desembargador Milton Fernandes de Souza, e do Corregedor-Geral da Justiça, desembargador Claudio de Mello Tavares, ambos acompanhados das esposas, além de vários outros magistrados e servidores. 

O desembargador Carlos José Martins representou os espíritas na cerimônia e citou a lei da reencarnação e a pluralidade da existência através de um processo infinito e evolução:

- A doutrina espírita quer contribuir para a construção de uma sociedade mais justa, que nos permita conviver com igualdades e diferenças. Nesse Dia da justiça, nossa palavra é no sentido de que todos os sentimentos religiosos estão baseados na crença do Criador. Só existe um Deus. Ele é o Deus dos católicos, dos espíritas, dos protestantes, dos hebreus e todas as doutrinas religiosas. Somos todos irmãos e nos devemos respeito.

O rabino Dario Bialer ressaltou a importância da Educação na construção das nações e defendeu o diálogo para superar  conflitos:

- A sabedoria está em ouvir as palavras do outro, compreendê-las e podermos, então, dizer as nossas. As diferenças nos permitem aprender. Na vida, precisamos aprender a sair da nossa zona de conforto, a avançar em um mundo onde nem tudo está claro. O sagrado está no nosso convívio, no nosso encontro. As multiplicidades devem coexistir, e não só nas palavras, mas nas práticas diárias, que difundem o respeito como método fundamental para o convívio social – disse ele ressaltando que os milagres de Deus são feitos através de nossas mãos e, por isso, não podemos ficar sentados esperando que aconteçam sem que façamos nossa parte.

O diácono Nelson Águia representou a Arquidiocese do Rio de Janeiro e explicou que o Cardeal Dom Orani Tempesta não compareceu este ano por estar comemorando hoje seus 44 anos de sacerdócio. Ele falou deste período que antecede o Natal:

- A Igreja Católica vive agora o tempo do Advento, da espera por Jesus. Os Reis Magos, percebendo as más intenções de Herodes,  fizeram outro caminho. Esta época do Natal é para que possamos refazer nossos caminhos e olhar para o outro. Quem não ama não deve ter religião alguma porque Deus é amor. Vivemos dias muito difíceis, mas não podemos desanimar diante das dificuldades. Vamos encontrar novas soluções, persistir no caminho do bem, nos reestruturar, buscar novas soluções. Vamos confiar em Deus, que não nos abandona em momento algum.

Representando os evangélicos, o juiz Anderson Bastos, titular da 4ª Vara Criminal de Salvador (BA), parabenizou o trabalho do TJ do Rio e afirmou que o Poder Judiciário deve estar disposto a enfrentar as dificuldades e a atender às demandas da sociedade:

- Cada vez mais a Justiça tem tido um papel de protagonismo. E, para cumprir sua missão, deve ter forças para chegar a lugares antes inalcançáveis. Por meio do Poder Judiciário nós podemos ajudar as pessoas.

Uma apresentação do Coral dos Amigos do Tribunal de Justiça encerrou o Culto Ecumênico  cantando, entre outras músicas, a Oração de São Francisco de Assis.

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