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Caso de menina leva Tribunal de Justiça do Rio a incentivar doação de medula óssea
Notícia publicada por Assessoria de Imprensa em 17/05/2018 12:05
Campanha será lançada nesta quinta-feira, dia 24, no Fórum Central

Quando estava a caminho da Disney World, nos Estados Unidos, em maio do ano passado, a menina Dana Caiado Caruso, agora com cinco anos, recebeu num hospital em Richmond, Virginia, o diagnóstico de leucemia. Toda a família imediatamente se mobilizou pela cura da menina, que se encontra em fase de tratamento quimioterápico. Esse caso inspirou Rosiléa Di Masi Palheiro, diretora do Departamento de Ações Pró-Sustentabilidade (Deape), do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, a organizar mais uma campanha de cadastramento de doadores de medula óssea. Em parceria com o Hospital Universitário Pedro Ernesto (Hupe) e com apoio do Departamento de Saúde do TJ, a campanha será lançada nesta quinta-feira, dia 24, das 9h às 16h, na Rua Dom Manuel 37, Lâmina III, no Fórum Central.

A diretora do Deape lembra que será a terceira campanha de doação de medula óssea feita pelo Tribunal.

“Temos conseguido expandir a consciência das pessoas sobre a necessidade de sermos doadores em potencial e já temos até casos de pessoas que salvaram vidas com a doação”, conta Rosiléa, explicando que a medula óssea é um tecido que está no interior dos ossos e sua principal função é produzir os componentes do sangue. Diferentemente do que muita gente pensa, a doação não envolve a coluna vertebral.

O tratamento da menina Dana, neta de uma servidora do TJ, completa este mês exatamente um ano. Foi no “Dia das Mães” que a família foi informada da doença. A médica que assiste a criança no Hospital Pequeno Príncipe, em Curitiba, no Paraná, informou que, mesmo de forma lenta, Dana tem respondido bem ao tratamento quimioterápico. Ao mesmo tempo em que a notícia traz esperança à família, a médica não afastou de todo a possibilidade da necessidade do transplante de medula óssea e pediu que todos estivessem preparados.

Campanha do TJ

Na campanha coordenada pelo Tribunal, o Hospital Universitário Pedro Ernesto vai recolher pequena quantidade de sangue dos potenciais doadores, fazer os exames e encaminhar as amostras para o Laboratório de Histocompatibilidade e Criopreservação da Uerj, que fará a tipagem genética de cada doador. As pesquisas do setor apontam que atualmente a chance de um paciente encontrar um doador de medula óssea compatível com a sua genética é de uma em 100 mil. A esperança de que há chance de vidas serem salvas com a doação de medula óssea movimenta o sistema de saúde. A assessoria de imprensa do Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (Redome), do Instituto Nacional do Câncer, informa que em todo o país há 4 milhões e 500 mil potenciais doadores. Ainda segundo o Redome, no Estado do Rio há uma capacidade anual de cadastrar até 14 mil potenciais doadores. No momento, há no Brasil cerca de 900 pacientes na fila do transplante de medula óssea.

O Redome informa os requisitos para a pessoa se tornar um doador de medula óssea: ter entre 18 e 55 anos de idade, apresentar bom estado geral de saúde, não ter doença infecciosa ou incapacitante, não sofrer de doença neoplásica (câncer), hematológica (do sangue) ou do sistema imunológico. Somente a partir de constatar a compatibilidade genética com o paciente é que o potencial doador será chamado para se submeter a exames confirmatórios. A partir daí, o potencial doador será avaliado por um clínico, receberá todas as informações sobre os procedimentos e só assim decidirá se realmente deseja doar medula óssea.

Lei Federal

Como mais um incentivo à doação, foi publicado no Diário Oficial da União de quarta-feira, dia 2, a lei 13.656/18, assinada pelo presidente da República Michel Temer, que isenta os doadores de medula óssea do pagamento de taxa de inscrição em concursos da administração pública direta e indireta em qualquer um dos Poderes da União.

JAB/ PC / SF