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Tribunal de Justiça do Rio lança projeto-piloto em parceria com a Amil
Notícia publicada por Assessoria de Imprensa em 15/08/2018 11:00
Primeira turma vai preparar para o mercado de trabalho 25 jovens que vivem em abrigos ou estão em liberdade assistida e semiliberdade

Um projeto-piloto, criado por meio de convênio entre o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro e a Amil, publicado dia 1º de agosto, vai beneficiar 25 jovens que estão em abrigos, liberdade assistida ou semiliberdade e fazem parte da Central de Aprendizagem, ligada à Corregedoria Geral da Justiça. Eles serão preparados para o mercado de trabalho com aulas três vezes por semana na Escola de Administração Judiciária (Esaj). A aula magna acontecerá dia 22 de agosto, no Auditório José Navega Cretton. Dois dias antes (20/8), os adolescentes e seu pais participarão de uma reunião de acolhimento para que conheçam todos os envolvidos e possam falar sobre seus anseios em relação ao projeto. Todos receberão transporte, lanche e material didático gratuito. O Ministério Público e a Defensoria Pública serão chamados para conhecer o projeto.

Cidadania e temas comportamentais, comunicação e marketing pessoal, educação financeira e empreendedorismo são algumas das disciplinas do treinamento, que totalizará 132 horas. Jovens de 17 a 24 anos, com escolaridade a partir do nono ano ao ensino médio, participarão da primeira turma, com aulas ministradas pelo Instituto Ser Mais e patrocinadas pela Amil.

- Essa é mais uma importante iniciativa de responsabilidade social da Amil, que contribuirá para o resgate da cidadania de jovens que hoje vivem à margem da sociedade, ajudando-os a mudarem o rumo da sua própria história. Acreditamos que ações como essa levam a um mercado de trabalho mais inclusivo - destacou a diretora de sustentabilidade da Amil, Odete Freitas.

O juiz auxiliar da CGJ, Afonso Barbosa, ressaltou a importância do curso:

- Conversei com a juíza Lucia Glioche, titular da Vara de Execuções de Medidas Socioeducativas, e ela disse que, em relação à remissão de pena ou outro benefício, cada caso será analisado separadamente junto com o curso na hora de avaliar o adolescente. Tudo será levado em consideração, incluindo o comportamento de cada um nas aulas. Esta é a primeira turma de muitas.

Os jovens que fazem cursos ministrados pelo Instituto Ser Mais são acompanhados após o término das aulas.

- Nós acompanhamos esses jovens para sabermos como estão, se estão estudando, frequentando outro curso, se conseguiram emprego etc. – disse a coordenadora de projetos no Rio do Instituto Ser Mais, Simone Masson.

A diretora-geral de Administração da CGJ, Alessandra Anátocles, explicou que os nomes dos jovens que estão em acolhimento ou cumprem medidas socioeducativas são encaminhados pelos juízes à Central de Aprendizagem, que os ajuda a tirar toda a documentação necessária para que entrem no mercado de trabalho. Alguns desses adolescentes não possuem sequer certidão de nascimento. Até o início de agosto, estavam registrados na Central um total de 1179 adolescentes, sendo 216 aptos (com a documentação completa) e 112 adolescentes indicados para seis empresas. Vale ressaltar que 22 já estão contratados.

Para o Corregedor-Geral da Justiça, desembargador Claudio de Mello Tavares, a principal dificuldade é convencer os empresários a darem uma chance a esses menores.

- Nós precisamos fazer alguma coisa para que eles tenham um futuro melhor. É importante para eles, para suas famílias e para a sociedade como um todo. Esses jovens precisam ter uma perspectiva melhor de futuro. Tendo oportunidades de estudo e trabalho, eles, certamente, não trilharão o caminho da criminalidade, tornando-se cidadãos de bem, ajudando a construir uma sociedade melhor.

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