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Corregedor-Geral e Presidente do TJRJ estão entre os agraciados com a Medalha da Amizade da Polícia Civil
Notícia publicada por Assessoria de Imprensa em 24/05/2018 20:30

O Corregedor-Geral da Justiça, desembargador Claudio de Mello Tavares, e o presidente do TJRJ, desembargador Milton Fernandes de Souza, receberam, hoje de manhã, com outros 27 agraciados, a Medalha da Amizade da Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro, entregue durante solenidade na Cidade da Polícia, em Benfica, pelos 210 anos da Polícia Civil. A condecoração, instituída pela lei 11.844 de 13/9/88, é entregue a pessoas físicas ou jurídicas que contribuíram, de alguma maneira, para o engrandecimento da instituição. O Chefe da Polícia Civil, delegado Rivaldo Barbosa, abriu o evento agradecendo a presença de todos e lembrando que o aniversário de 210 anos da PC é comemorado junto com o de outras instituições de relevância nacional, como a Biblioteca Nacional e o Jardim Botânico:

- A violência urbana, que a gente enfrenta, é consequência visível de muitas causas ocultas que não são resolvidas com ações policiais. Não estamos nos eximindo de responsabilidade, mas alertando a todos que a violência deve ser resolvida por todos nós. Uma instituição bicentenária de alta relevância não pode receber, em 2017, apenas 40% do orçamento previsto, e ter recebido, até agora, em 2018, menos de 15%. Não há planejamento estratégico que resista. E mesmo sem as condições necessárias, a Polícia Civil nunca deixou de cumprir sua missão. A milícia é um mal a ser enfrentado e há mais de 40 operações policiais planejadas que ainda não foram às ruas.

Após reconhecer a necessidade de ajustes profundos na instituição, o delegado Rivaldo Barbosa falou sobre a intervenção militar:

- Estamos vivendo um momento único com a intervenção militar, mas com respeito institucional. A perícia e a inteligência são áreas essenciais para a investigação. O fortalecimento da polícia judiciária traz diferenças marcantes para a sociedade – disse o Chefe da Polícia Civil, que finalizou seu discurso lendo um trecho o samba “Tá escrito”, de Xande de Pilares, do Revelação, Gilson Benini e Carlinhos Madureira, mudando o pronome final de “sua” para “nossa”: “Erga essa cabeça, mete o pé e vai na fé/Manda essa tristeza embora/Basta acreditar que um novo dia vai raiar/Nossa (Sua) hora vai chegar!”

Em seguida, discursou o Secretário estadual de Segurança Pública, general Richard Nunes, que afirmou ter razões de sobra para expressar otimismo, mas observou que a intervenção é uma solução custosa, que exigiu sacrifício das Forças Armadas. E criticou:

- Em nosso país, as pessoas se preocupam com as consequências, não com as causas. A falta de respeito começa em casa quando as crianças não respeitam os pais; ela acontece nas escolas quando os alunos não respeitam os professores. Há falta de disciplina social. Estamos trabalhando em cima dos efeitos, mas as causas aí estão e precisam ser tratadas por toda a sociedade. Tivemos governos desastrosos, que afetaram as instituições policiais, que sofreram com perdas de efetivo e de material. As polícias precisam de políticas de Estado. Não estamos fazendo mais do mesmo. Estamos trabalhando no fortalecimento das instituições para que recuperem a credibilidade que nunca poderiam ter perdido.

O chefe de gabinete da intervenção federal, general Mauro Sinott, representou o general Braga Neto. Ele lembrou o sacrifício que os policiais fazem para cuidar da segurança da sociedade:

- Sacrifício de horas de lazer e, por vezes, até da própria vida. A Polícia Civil está fazendo história e vencendo desafios.

Coube ao comandante-geral da Polícia Militar, coronel Luiz Cláudio Laviano, falar em nome dos agraciados com a Medalha da Amizade.

- Represento também aqui milhares de heróis anônimos que combatem a criminalidade pagando, muitas vezes, com o maior bem que temos: a própria vida. Essa solenidade marca a união de duas instituições (polícias Civil e Militar) que nasceram juntas e caminham lado a lado. Podemos combater juntos nossos inimigos. Em becos e vielas ou em residências de luxo em bairros nobres. Sigamos na paz do Senhor, mas combatendo sempre o bom combate.

Também receberam a Medalha da Amizade, entre outros,  os desembargadores federais Abel Fernandes Gomes e André Ricardo Cruz; o juiz federal José Borges; a juíza da Auditoria da Justiça Militar, Ana Paula Monte Figueiredo Barros, os juízes auxiliares da Presidência do TJRJ Marcelo Oliveira e Marcello Rubioli; os promotores Carmen Elisa Bastos e Daniel Faria Brás, Eliane de Lima Pereira, Luiz Antônio Aires; a presidente do Tribunal de Contas do Estado, Mariana Montebello; o superintendente da Polícia Federal no Rio de Janeiro, delegado Ricardo Andrade Saadi. Participaram ainda da cerimônia os subchefes da Polícia Civil Gisele Pereira e Gilberto da Cruz Ribeiro.

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