Um Centro Judiciário de Soluções de Conflito e Cidadania (Cejusc) foi inaugurado hoje de manhã no segundo andar do Fórum da Região Oceânica, em Pendotiba, Niterói, com a presença do Corregedor-Geral da Justiça, desembargador Claudio de Mello Tavares, e do presidente do Núcleo Permanente de Métodos Consensuais de Solução de Conflitos (Nupemec), desembargador César Cury, do presidente da OAB de Niterói, Antônio José Barbosa, do diretor do 2º NUR, juiz Marcio Quintes Gonçalves, além de juízes e servidores que atuam naquele fórum.

O Cejusc da Região, na Estrada Caetano Monteiro s/n, conta com sete mediadores capacitados, uma sala de mediação e uma de conciliação. Já está em planejamento a capacitação de outros profissionais para atuarem, não só na Região Oceânica, mas para reforçar o atendimento em todo o estado.

O Corregedor-Geral de Justiça, desembargador Claudio de Mello Tavares, destacou a importância do método, não só para desafogar o Poder Judiciário, que poderá se dedicar à resolução de temas mais complexos, mas para ampliar o acesso à Justiça, contribuir para o desenvolvimento de uma sociedade brasileira mais civilizada, respeitosa e pacífica, mas, principalmente, para evitar o desgaste emocional das partes:

- A mediação transcende à solução da controvérsia, dispondo-o a transformar um contexto adversarial em colaborativo. É um processo confidencial e voluntário, uma alternativa ao litígio e também um meio para resolvê-lo. Essas ferramentas representam o sonho de um Judiciário melhor, com a redução de gastos e alta produtividade.

O desembargador César Cury, presidente do Nupemec, citou a recuperação judicial da Oi como um dos casos de sucesso conquistados a partir da mediação:

- Os métodos pré-processuais não só observam com qualidade as demandas cotidianas da Justiça, como diminuem os custos e aceleram a prestação jurisdicional. É inadmissível que só se tenha ideia de processo como forma de Justiça. O Rio tem estrutura e capacidade para atuar de uma nova forma. Um conflito bem resolvido entre as partes é também um ganho para a sociedade.

Coordenadora do Cejusc da Região Oceânica, a juíza Cássia Arueira Klausner falou sobre  a oportunidade de oferecer novas possibilidades de resolução de conflitos aos moradores da região sem que eles tenham que procurar o Fórum do Centro de Niterói:

- As novas instalações foram criadas para atender melhor a população e criar um espaço para o diálogo. A mediação dá às partes o poder de gerir e solucionar o próprio caso.